sábado, 14 de dezembro de 2013

Antyial 2009

 
Vinho orgânico de qualidade, comprei esse aí no passeio que fiz a vinícola chilena Antiyal em dezembro de 2011. Após dois anos na adega, não resisti e o abri. Creio que tenha me precipitado, pois o amigo se mostrou ainda jovem para uma degustação exemplar. Mesmo assim estava uma delícia. Na pequena vinícola Antiyal, a uma hora de Santiago, fomos recebidos pelo  próprio dono, que fez questão de enaltecer que todos os componentes desse belo vinho são orgânicos, sem adição de agrotóxicos. Lá provamos dois vinhos bem interessantes, inclusive o ícone da vinícola, que é o próprio Antiyal. Aquele era de uma safra mais antiga e estava no ponto para ser degustado. Já a safra 2009, hoje percebo que seria melhor provar daqui a uns dois ou três anos. Mas agora é tarde, pois eu já o bebi, na companhia de casal d amigos. Os aromas remetem predominantemente a couro  animal bem intenso, lembrando um passeio pela fazenda. No paladar, esse vinho ostentou intensidade, boa acidez e algo agressivo por conta de sua jovialidade, ainda que tenha respirado por uma hora em decanter.
 
Aroma - Agradável couro animal, remetendo a um passeio pela fazenda. Notam-se, também, frutas vermelhas, algo remetendo a groselha. Faltram, contudo, maiores sutilezas, nuances que um vinho ícone deveria apresentar, ou ao menos assim esperamos. 
 
Paladar- Esse interessante vinho, após decantar devidamente por uma hora, ainda se mostrava um pouco arisco por ser jovem. Mesmo assim, estava delicioso, com  bastante intensidade, retrogosto agradável e boa acidez. Quem ainda não abriu a safra 2009, é melhor esperar mais uns anos. Tenho certeza que o tempo equilibrará esse belo vinho, feito com muito carinho e orgulho pelos donos da vinícola.
 
Vinícola - Antyial (Maipo, Chile - a uma hora de Santiago).
 
Quanto paguei - Não sei o valor que pagamos no Chile, mas aqui está a R$212,00 na Buywine (para membros do clube).
 
Nota - 9,0.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Casajus Vendimia Seleccionada 2010


Mais um delicioso vinho espanhol a preço descente vendido no Brasil. A vinícola Casajus, cujos vinho são trazidos ao Brasil pela importadora Grand Cru, tem ótimas opções a partir de cento e poucos reais. Aliás, há um vinho mais barato, o Splendore, de sessenta reais, boa opção pelo custo x benefício.  Robert Parker  conferiu 94 a esta safra do Vendimia Seleccionada  (2010). A nota pode ser exagerada, mas isso não retira desse vinho suas atraentes características.  Os seus ostensivos aromas remetem a especiarias, frutas vermelhas e também a algo de madeira e chocolate. No palato, esse amigo se destaca ainda mais, nos contemplando com ótima acidez, algo apimentado, boa persistência e retrogosto de respeito.  A uva é a pouco conhecida (por mim) tinta del país.
 
Aroma - Logo após o vinho respirar um pouco e a nossa taça ser contemplada com o amigo, percebemos especiarias em profusão, além de frutas vermelhas, madeira e chocolate. Esse conjunto harmonioso deixa o dito ainda mais instigante, convidando a novos goles.
 
Sabor - Lágrimas intensas, sugerindo corpo ao amigo, o que se confirma logo nos primeiros goles, até porque ele amadureceu por vinte e quatro meses em barril de carvalho. No paladar, esse belo e macio vinho mostra boa acidez, persistência e algo de doce, que confunde um pouco os sentidos, mas não retira o prazer de apreciá-lo -- sem muita moderação.  Está prontíssimo para ser degustado.
 
Vinícola - Calvo Casajus (Espanha). Essa boa vinícola é responsável por vinhos de inegável qualidade. Já provei há algum tempo o belíssimo Antigos Vinedos (feito com 100% tempranillo). Há ainda o NIC 2009, que ostenta 97 no RP, mas esse tem que ficar na adega por alguns anos.
 
Preço - R$123,00 na Grand Cru, mas tenho quase certeza que paguei menos na Wine.com, porém lá está em falta atualmente.
 
Nota - 9,0. 

Reynolds Alicante Bouschet 2007


Esse é um ótimo vinho português que me foi remetido pela confraria premium da Wine.com. O amigo combinou muito bem com uma suculenta lasanha a bolonhesa que comemos aqui em casa. Ele se sobressaiu um pouco em relação à massa, é verdade, porém não chegou a afetar o paladar do  prato, pois havia muita carne moída.  Esse vinho  da região de Alentejo  é feito com a uva portuguesa alicante bouschet e se apresenta encorpado, de paladar intenso e atraente. Aromas profundos, estimulando  derrubar a garrafa em nossas  taças com ansiedade pelo próximo gole. Não achei tão bom o da safra 2006, mas esse 2007 estava ótimo.
 
Aromas - Após respirar uns quarenta minutos na garrafa, esse belo vinho exalava especiarias, compota de frutas vermelhas, madeira, tudo muito agradável. Com o tempo foi percebido algo animal, remetendo a couro, ainda que  com muita discrição.
 
Sabor - Encorpado, com ótimos taninos, equilibrado. Enfim, ele é muito fácil de beber. Aliás, acima de tudo, esse vinho é uma delícia no paladar e combinou muito bem com lasanha a bolonhesa (com bastante carne moída). Acho que vale respirar uns quarenta minutos, na própria garrafa, antes do inícios dos trabalhos.
 
Vinícola - Reynolds (Alentejo, Portugal). Sugiro o interessante vídeo sobre a vinícola, acessível pelo site da Wine.
 
Preço - Atualmente está a R$112,00 para membros do clube na Wine.com.
 
Nota - 9,1.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Emilio Moro DO 2007



É o vinho básico dessa conceituada vinícola espanhola. Aqui paguei setenta reais bela belezinha aí e imagino que custe uns dez euros para os felizardos espanhóis. Somente no Brasil é que, por hipocrisia, pagamos mais da metade de uma garrafa em impostos. Falando do que interessa, esse amigo é muito honesto, feito com 100% tempranillo. É um ótimo custo x benefício, sem qualquer sugestão de que o paladar feio artificialmente induzido para simplesmente agradar. Aromas  de compota de frutas vermelhas (levemente doce) e especiarias, além de algo de tabaco. Paladar muito bom. É vinho para ser bebido sem grandes pretensões, a não ser curtir muito o amigo.
 
Aroma - Agradável, algo levemente doce, remetendo a compota de frutas vermelhas. Com o tempo, outros aromas surgiram, com sutileza, lembrando fumo e especiarias.
 
Paladar - O vinho é macio, de médio corpo, é equilibrado, com ótima presença de taninos e boa acidez. Apenas notei um pouco de álcool, mesmo após o dito descansar uns trinta minutos na garrafa após aberta. A safra é de 2007 e não entendi esse álcool. No geral é muito gostoso.
 
Vinícola - Emílio Moro (Espanha), com produção anual de um milhão de garrafas. A vinícola produz um tinto bem conceituado entre especialistas, bem caro (o Malleoulus).
 
Quanto paguei - R$76,00 com desconto da Wine.com.
 
Nota  - 8,5.

Le Dix Los Vascos 2009


Vinho muito bom para uma degustaçãozinha. O Le Dix é o vinho ícone da Los  Vascos,  carregando o selo "Rothschild" (que não diz muita coisa para mim, já que tem muito marketing atualmente e produz algumas belas porcarias). De todo modo, esse amigo é agradável, macio e, acima de tudo, bem gostoso de beber. É um vinho frutado, e que também lembra especiarias, tabaco e algo bem sutil de café. No paladar é redondinho, apesar de o seu gosto não chegar a ser marcante. Vinho pronto para ser devidamente apreciado, mas sugiro respirar por quarenta minutos. Não acho que precisa decantar, mas isso certamente acrescentará charme à brincadeira entre amigos.
 
Aroma - Esse agradável vinho exala uma variedade incrível de aromas. Notam-se frutas vermelhas (sem nenhum excesso enjoativo),  especiarias, madeira (levinho),  baunilha e fumo. A cada girar da taça novo aroma desafia a imaginação, incentivando o inícios dos trabalhos
 
Paladar - Ótimo vinho.  É encorpado, o sue sabor é intenso e bem persistente, sendo ideal para degustações entre amigos. Taninos vistosos e acidez decente, em harmonia. Surpreendeu-meu, já que nunca curti muito os vinhos menores da Los Vascos, geralmente muito alcóolicos. O paladar não chega a ser marcante, como clama qualquer vinho ícone, mas certamente vale prova-lo, até porque, já que não é tão famoso, ostenta preços altos mas não exorbitantes.
 
Vinícola - Los Vascos, Chile.
 
Quanto paguei - Menos de R$ 200,00 na Wine.com, porém está em falta por lá. Vi esse belo vinho a salgados R$245,60 no site Kylisvinhos.com.br.
 
Nota - 9,1.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

El Sueno Carmenere Gran Reserva 2009


Vinho simples, agradável e a bom preço, esse amigo não fez feio para acompanhar uma deliciosa pizza margherita caseira, com ingredientes frescos. Ele é 100% carmenere. Aromas tradicionais de frutas vermelhas e pimentão, sendo que este último pode ser enjoativo para alguns. O sabor é leve, descompromissado, embora agradável. O dito é macio, sem frescuras, para acompanhar refeições italianas ou pizzas caseiras. Aceita ser o coadjuvante numa boa. Respirou vinte minutos na própria garrafa e não sentimos álcool.
 
Aroma - Agradável, havendo presença marcante de frutas vermelhas e pimentão. Há algo remetendo a especiarias, bastante sutil. O álcool não foi sentido, o que é muito bom sinal.
 
Sabor - Leve, agradável, macio. É um vinho simples, sem pretensões, sendo uma interessante companhia coadjuvante para refeições caseiras, como pizzas e massas. Não achei enjoativo, mas os paladares mais exigentes  talvez não gostem, pois há algo doce nele. E faltou personalidade, maior distinção do amigo. Mesmo assim é um bom coadjuvante em refeições italianas para quem gosta da varietal carmenere.
 
Vinícola - Família Geisse (Chile). Essa vinícola, aqui no Brasil, produz deliciosos espumantes.
 
Quanto paguei - Recebi pela confraria da Wineland, porém não consegui saber o valor. Não se trata de produto exclusivo deles. Na Buywine está a R$59,42, já com desconto  para membros.
 
Nota - 8,0.

Terra di Lavoro Roccamonfina 2010


Absolutamente delicioso! Essas palavras são as primeiras que vieram à mente ao degustar esse fabuloso vinho, produzido em Campania, sul da Itália. De aromas instigantes, há também lembranças a couro, chocolate e especiarias. Paladar ótimo, muito persistente, um convite atraente a mais um gole. Esse amigo deve decantar, até porque está novo. Precisa respirar, tomar fôlego e, então, exibir todo o seu potencial. Tenho certeza que mais alguns anos adega farão muito bem (por isso mesmo comprei mais um). Não esperava que um vinho do sul da Itália pudesse ter tanta personalidade, dando verdadeiro banho em muitos barolos e brunellos. Consta do site Via Vino que RP conferiu-lhe 97+ justamente nesta safra (2010). Fechamos a nossa confraria de novembro em alto estilo. Vinhaço! Melhor ainda em ótima companhia.
 
Aroma - Irresistível. Os aromas, intensos, que soltam do decanter são um convite efusivo a bebermos o que está na taça. Percebem-se nitidamente couro e especiarias, havendo notas sutis de geleia de amoras chocolate.
 
Sabor - Indo ao que interessa e começando os trabalhos, é no paladar que esse vinho mostra ser um verdadeiro campeão. O sabor é bastante intenso, permanecendo na boca bem depois de ser bebido. Excelentes taninos, acidez equilibrada, consistência aveludada e corpo robusto. Tudo equilibradíssimo. Além de tudo é elegante, não se percebendo excessos. A intensidade do sabor não afeta o prazer da degustação. Muito pelo contrário: é a certeza de que a garrafa que hoje está na adega deve lá permanecer por uns cinco anos ou mais, aguardando o auge dessa beleza.
 
Vinícola - Fontana Garaldi (Campania, Itália). Situa-se próximo ao extinto vulcão Roccamonfina, o que lhe garante um charme a mais.
 
Preço - Paguei R$350,00 (mais frete) no site Via Vino. Vale cada centavo. 
 
Nota - 9,5.