sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Emilio Moro DO 2007



É o vinho básico dessa conceituada vinícola espanhola. Aqui paguei setenta reais bela belezinha aí e imagino que custe uns dez euros para os felizardos espanhóis. Somente no Brasil é que, por hipocrisia, pagamos mais da metade de uma garrafa em impostos. Falando do que interessa, esse amigo é muito honesto, feito com 100% tempranillo. É um ótimo custo x benefício, sem qualquer sugestão de que o paladar feio artificialmente induzido para simplesmente agradar. Aromas  de compota de frutas vermelhas (levemente doce) e especiarias, além de algo de tabaco. Paladar muito bom. É vinho para ser bebido sem grandes pretensões, a não ser curtir muito o amigo.
 
Aroma - Agradável, algo levemente doce, remetendo a compota de frutas vermelhas. Com o tempo, outros aromas surgiram, com sutileza, lembrando fumo e especiarias.
 
Paladar - O vinho é macio, de médio corpo, é equilibrado, com ótima presença de taninos e boa acidez. Apenas notei um pouco de álcool, mesmo após o dito descansar uns trinta minutos na garrafa após aberta. A safra é de 2007 e não entendi esse álcool. No geral é muito gostoso.
 
Vinícola - Emílio Moro (Espanha), com produção anual de um milhão de garrafas. A vinícola produz um tinto bem conceituado entre especialistas, bem caro (o Malleoulus).
 
Quanto paguei - R$76,00 com desconto da Wine.com.
 
Nota  - 8,5.

Le Dix Los Vascos 2009


Vinho muito bom para uma degustaçãozinha. O Le Dix é o vinho ícone da Los  Vascos,  carregando o selo "Rothschild" (que não diz muita coisa para mim, já que tem muito marketing atualmente e produz algumas belas porcarias). De todo modo, esse amigo é agradável, macio e, acima de tudo, bem gostoso de beber. É um vinho frutado, e que também lembra especiarias, tabaco e algo bem sutil de café. No paladar é redondinho, apesar de o seu gosto não chegar a ser marcante. Vinho pronto para ser devidamente apreciado, mas sugiro respirar por quarenta minutos. Não acho que precisa decantar, mas isso certamente acrescentará charme à brincadeira entre amigos.
 
Aroma - Esse agradável vinho exala uma variedade incrível de aromas. Notam-se frutas vermelhas (sem nenhum excesso enjoativo),  especiarias, madeira (levinho),  baunilha e fumo. A cada girar da taça novo aroma desafia a imaginação, incentivando o inícios dos trabalhos
 
Paladar - Ótimo vinho.  É encorpado, o sue sabor é intenso e bem persistente, sendo ideal para degustações entre amigos. Taninos vistosos e acidez decente, em harmonia. Surpreendeu-meu, já que nunca curti muito os vinhos menores da Los Vascos, geralmente muito alcóolicos. O paladar não chega a ser marcante, como clama qualquer vinho ícone, mas certamente vale prova-lo, até porque, já que não é tão famoso, ostenta preços altos mas não exorbitantes.
 
Vinícola - Los Vascos, Chile.
 
Quanto paguei - Menos de R$ 200,00 na Wine.com, porém está em falta por lá. Vi esse belo vinho a salgados R$245,60 no site Kylisvinhos.com.br.
 
Nota - 9,1.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

El Sueno Carmenere Gran Reserva 2009


Vinho simples, agradável e a bom preço, esse amigo não fez feio para acompanhar uma deliciosa pizza margherita caseira, com ingredientes frescos. Ele é 100% carmenere. Aromas tradicionais de frutas vermelhas e pimentão, sendo que este último pode ser enjoativo para alguns. O sabor é leve, descompromissado, embora agradável. O dito é macio, sem frescuras, para acompanhar refeições italianas ou pizzas caseiras. Aceita ser o coadjuvante numa boa. Respirou vinte minutos na própria garrafa e não sentimos álcool.
 
Aroma - Agradável, havendo presença marcante de frutas vermelhas e pimentão. Há algo remetendo a especiarias, bastante sutil. O álcool não foi sentido, o que é muito bom sinal.
 
Sabor - Leve, agradável, macio. É um vinho simples, sem pretensões, sendo uma interessante companhia coadjuvante para refeições caseiras, como pizzas e massas. Não achei enjoativo, mas os paladares mais exigentes  talvez não gostem, pois há algo doce nele. E faltou personalidade, maior distinção do amigo. Mesmo assim é um bom coadjuvante em refeições italianas para quem gosta da varietal carmenere.
 
Vinícola - Família Geisse (Chile). Essa vinícola, aqui no Brasil, produz deliciosos espumantes.
 
Quanto paguei - Recebi pela confraria da Wineland, porém não consegui saber o valor. Não se trata de produto exclusivo deles. Na Buywine está a R$59,42, já com desconto  para membros.
 
Nota - 8,0.

Terra di Lavoro Roccamonfina 2010


Absolutamente delicioso! Essas palavras são as primeiras que vieram à mente ao degustar esse fabuloso vinho, produzido em Campania, sul da Itália. De aromas instigantes, há também lembranças a couro, chocolate e especiarias. Paladar ótimo, muito persistente, um convite atraente a mais um gole. Esse amigo deve decantar, até porque está novo. Precisa respirar, tomar fôlego e, então, exibir todo o seu potencial. Tenho certeza que mais alguns anos adega farão muito bem (por isso mesmo comprei mais um). Não esperava que um vinho do sul da Itália pudesse ter tanta personalidade, dando verdadeiro banho em muitos barolos e brunellos. Consta do site Via Vino que RP conferiu-lhe 97+ justamente nesta safra (2010). Fechamos a nossa confraria de novembro em alto estilo. Vinhaço! Melhor ainda em ótima companhia.
 
Aroma - Irresistível. Os aromas, intensos, que soltam do decanter são um convite efusivo a bebermos o que está na taça. Percebem-se nitidamente couro e especiarias, havendo notas sutis de geleia de amoras chocolate.
 
Sabor - Indo ao que interessa e começando os trabalhos, é no paladar que esse vinho mostra ser um verdadeiro campeão. O sabor é bastante intenso, permanecendo na boca bem depois de ser bebido. Excelentes taninos, acidez equilibrada, consistência aveludada e corpo robusto. Tudo equilibradíssimo. Além de tudo é elegante, não se percebendo excessos. A intensidade do sabor não afeta o prazer da degustação. Muito pelo contrário: é a certeza de que a garrafa que hoje está na adega deve lá permanecer por uns cinco anos ou mais, aguardando o auge dessa beleza.
 
Vinícola - Fontana Garaldi (Campania, Itália). Situa-se próximo ao extinto vulcão Roccamonfina, o que lhe garante um charme a mais.
 
Preço - Paguei R$350,00 (mais frete) no site Via Vino. Vale cada centavo. 
 
Nota - 9,5.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Catena Zapata Nicasia Malbec 2008


Outro vinhaço que tomamos na confraria. Esse fui eu que ofereci,  já esperando bastante dele, até porque há muito sou fã dessa vinícola. Fez bonito! Delícia mesmo, ainda que carinho aqui no Brasil. O Nicasia é elaborado com a "primeira fileira do vinhedo Altamira, plantada  a uma altitude de 1.180metros" (segundo a Mistral, onde comprei). O amigo é potente, com muita personalidade, atraente a cada gole, com aromas firmes de especiarias e frutas vermelhas. O sabor é realmente excelente, intenso, ótimo retrogosto, um convite a mais goles. O dito foi decantado por uma hora e demonstrou bem a que veio. Equilibrado e deliciosíssimo!

Aroma - É daquele vinho que a cada balançar da taça novo aroma é sentido, nem sempre definido, mas certamente diferente do anterior. Notamos  um perfume bastante instigante, nitidamente remetendo a especiarias, frutas vermelhas (framboesa) e algo de tabaco.

Sabor -  Iniciando os trabalhamos, esse amigo confirmou a expectativa. Vinhaço mesmo!  É encorpado, persistente, com delicioso e intenso retrogosto, macio, um pouco de pimenta e taninos bem equilibrados. Imensa satisfação ao bebê-lo. Ótimo para o consumo imediato, mas há recomendação de guarda por até dez anos na Mistral.

Vinícola - DV Catena - propriedade da  Catena Zapata (Mendoza, Argentina). Site em português. Vale a pena o site para quem deseja um pouco mais de conhecimento sobre a vinícola.

Onde comprei - Na hoje carinha Mistral. Atualmente está a R$306,68 (mais frete!), porém creio ter pago uns  R$250,00 há um ano. Ele ficou na adega descansando por esse período.

Nota - 9,3.

Felix Malbec 2009


Excelente! É um custo x benefício primoroso, verdadeiro exemplo do que deveriam ser os vinhos argentinos aqui, pois pagam menos tributação que  concorrentes de outras nacionalidades, já que o país integra o Mercosul. Sinceramente, não conhecia o amigo, tampouco a vinícola. O vinho foi trazido por casal de amigos na última confraria que realizamos aqui em casa. Talvez pela idade não precisasse decantar, bastando quarenta minutos na garrafa. Felizmente, pela curtição da degustação, ou por outro motivo alheio ao meu pouco conhecimento, decantamos o dito por uma hora. Vinhaço. Jamais poderia dizer que custou tão pouco.  Aromas exuberantes de chocolate, frutas em compota e baunilha, percebidos por todos. Paladar potente, apurado, excelente, inclusive para degustação. Encarou com muita dignidade  um Catena Zapata que valia o triplo do preço (Nicasia 2008). RP conferiu 90 pontos. Sinceramente, não sei onde ele estava com a cabeça (se é que ele estava presente) ao dar 90 para esse vinhaço e  94 para o bonzinho Zorzal (este custa em torno de R$60,00). Gosto é gosto, verdade, mas a mesa inteira adorou.Vou comprar alguns Felix com urgência.
 
Aroma  - Após uma hora decantando, o amigo demonstrou inegável aptidão para encantar todos a mesa. É frutado, sim, remetendo a compota de frutas vermelhas. Mas além disso são marcantes os seus aromas de baunilha e chocolate. O melhor de tudo é que nada disso se mostra enjoativo. Ao contrário: é um estímulo para alcançarmos o decanter e colocarmos mais em nossas taças.
 
Sabor - É aí que esse amigo se mostrou campeão, ainda mais após nossos amigos dizerem o preço durante a nossa brincadeira. Fiquei impressionado. Vinho tão gostoso, por cem reais. É um vinho potente, com taninos firmes, final muito persistente, macio boa acidez, tudo equilibrado. Difícil enxergar defeito em algo tão agradável, com preço justo. E é um vinho muito fácil de beber e gostar, sem grandes sutilezas. O  amigo é frutado... E isso não é demérito algum, pois não tem excessos. Tudo equilibrado. Decantem, ainda que "tecnicamente" não precise.
 
Vinícola - Bodegas Lavaque (Cafayte, Argentina). O site é meio bagunçado e não consegui descobrir qual é o vinho ícone da vinícola. Fiquei bem curioso.
 
Preço - R$97,00 mais frete na boa loja on line Via Vini.
 
Nota - 9,3.

Pulpit Rock Pinotage Shiraz 2011


Gostoso sul-africano, esse Pulpit Rock me foi ofertado pela antiga confraria da Wine.com. Hoje, com a divisão entre a confraria classic e premium, optei pela última. O vinho se mostrou com  paladar simples, sem pretensões, bastante gostoso e agradável. Aromas de frutas vermelhas, um pouco de madeira e, talvez, ameixas. É  um vinho com acidez intensa, podendo desagradar alguns por isso.
 
Aroma - Frutas vermelhas, madeira e algo  remetendo a ameixas. Após não mais de meia horinha na garrafa o amigo exala aromas bem atraentes, estimulando colocarmos mais um pouco dele na taça.
 
Sabor - No início me pareceu sem personalidade. Isso mesmo após 30  minutos no dito paradão na garrafa (e dos aromas interessantes). Felizmente, mais um pouco de tempo, mexendo a taça avidamente,  esse vinho se mostrou bem agradável, de final intenso e gostoso. O ponto negativo foi a acidez excessiva, que não teve jeito mesmo.  Geralmente, não me incomodo com um pouco mais de acidez, mas esse aí exagerou.
 
Vinícola - Pulpit Rock, África do Sul.
 
Quanto paguei - veio pela confraria e hoje, na Wine.com, está a R$68,00, já com desconto para associados. Podia custar um pouco menos pelo que oferece.
 
Nota -  8,0.

sábado, 9 de novembro de 2013

Angove Organic Shiraz Cabernet 2008


Belo exemplo de vinho frutado, agradável e leve, esse australiano é gostoso. O nome Organic não é porque ele é 100% orgânico, mas sim em razão de 1/3 da vinícola ser orgânica, muito embora isso não seja melhor explicado. Mesmo assim, muito agradável. O aroma é bem frutado, intenso mesmo, havendo toques sutis de especiarias, madeira e algo herbáceo. No que mais importa, o paladar, o dito  é muito macio,  sendo bastante agradável, inclusive ao paladar feminino (minha esposa adorou). O gosto é um pouco rústico, pecando um pouco  no retrogosto, mas isso não retira as suas virtudes.
 
Aroma - Bastante frutado, havendo algo herbáceo, além de madeira e especiarias. E nada de álcool para incomodar as minhas narinas.
 
Sabor - Bastante macio, o amigo tem corpo leve, sabor agradável e levemente picante, além de boa acidez. Não senti álcool, sendo que o  deixei respirando por trinta minutos na própria garrafa  antes de começar os trabalhos. O final dele é meio rústico, havendo uma leve pegada no retrogosto. No geral, sabor bem agradável.
 
Vinícola - Angove (Austrália).
 
Quanto paguei -  Recebi pela confraria Selo Reserva premium, mas acho que vale uns oitenta reais. A conferir.

Nota - 8,0.

Vinhas da Ira - Herdade da Mingorra - 2008


Ótimo vinho! Gosto muito dos vinhos equilibrados da região de Alentejo, pois geralmente são fáceis de beber e os preços decentes. Esse aí não foge à regra. É aromático, muito agradável, com vários aromas que estimulam a vontade de seguidamente bebê-lo.  O amigo é de médio corpo, sensação de frescor, com taninos suaves, boa acidez, tudo bem equilibrado. Comprei em uma mega promoção relâmpago, com 40% de desconto, na Buywine. Na época foi um excepcional custo e benefício. Vinho nitidamente com potencial de guarda, sendo que no site da Buywine diz que é de quinze anos.
 
Aroma - O amigo precisa respirar um pouco para mostrar a que veio. E os aromas vão surgindo ficando mais intensos, até o momento de não resistirmos e partirmos para o que interessa. Percebem-se especiarias, terra, chocolate e algo que me remeteu a terra e oliveira. Muito interessante mesmo.
 
Sabor - Após quarenta minuto respirando, partimos para os trabalhos.  O Vinhas da Ira  se mostrou macio, descendo muito bem, sem nada de álcool para incomodar. Taninos suaves, boa acidez, tudo equilibradinho. O corpo é médio, mas a sensação é de um vinho leve, pois ele desce muito bem e não se nota álcool. A persistência deixou a desejar, pois foi pouca intensidade.
 
Vinícola - Herdade da Mingorra (Alentejo, Portugal).
 
Onde comprei - Na Buywine, em uma megapromoção, paguei pouco mais de cem reais. Hoje está a R$169,15, já com desconto para associado.
 
Nota - 9,0.  

Rosso di Montalcino Talenti 2011


Alegre, muito fácil de beber, jovem e de paladar consistente. Em resumo, essas são as principais características desse Rosso di Montalcino, irmão mais barato do Brunello. Li muito bem a respeito do amigo aí em um blog nacional, mas infelizmente não me recordo o nome do blog para citá-lo. Resolvi compra-lo e não me arrependi. Ao contrário. Ótimo custo  x benefício, acompanhou muito bem uma pizza caseira. No aroma percebe-se nitidamente frutas vermelhas em compota, além de especiarias e fumo. O sabor é muito gostoso, agradável, fácil, sem frescuras.
 
Aroma - Intenso, atraente, estimulando levarmos mais vezes a taça à boca. Percebem-se com nitidez frutas vermelhas em compota, fumo e especiarias. O amigo é bem aromático.
 
Sabor - Delicioso, desce muito bem, esse vinho é realmente fácil de beber. Ele é pouco persistente, com taninos macios e agradáveis. Paladar simples, honesto, ótimo para acompanhar pizzas e massas em geral.
 
Vinícola - Talenti (Toscana, Itália).
 
Quanto paguei - R$92,00 na Wine.com, já com desconto de associado.
 
Nota - 8,5.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Altair Sideral 2008


Esse é o segundo vinho da Altair, porém bem abaixo do ícone (em preço e distinção), que leva o mesmo nome da vinícola. O amigo é, sim, bastante agradável e gostoso, mas para beber sem maiores pretensões. As lágrimas que escorrem pela taça são grossas, intensas. Aroma muito agradável, lembrando especiarias, frutas negras, pinho e um pouco de pimentão (não é aquele cheiro enjoativo de alguns carmeneres chilenos). A uva que predomina é a cabernet sauvignon (78%), conferindo corpo, mas há outras na composição do dito, inclusive carmenere (13%). Interessante pedida de bom vinho, em torno de cem reais.
 
Aroma - Bastante atraente ao abrir a garrafa, fica ainda mais intenso ao colocarmos em nossas taças. Percebem-se nitidamente as especiarias, frutas negras (talvez cassis), além  de um pouco de pinho e algo muito sutil de pimentão (nada a ver com aquele intragável cheiro e gosto de "suco de pimentão" de alguns carmeneres chilenos).
 
Sabor - O amigo descansou trinta minutos na garrafa. Começamos os trabalhos e, então, ele se mostrou equilibrado, encorpado (embora macio), final persistente, paladar algo mineral (leve) e madeira. Os taninos são ótimos. Já o retrogosto não foi dos melhores, na  minha modesta opinião. É um vinho bem agradável e fácil de se beber, que está a ótimo preço na Wine.com. Enfim, é um ótimo custo x benefício para quem curte vinhos encorpados.
 
Vinícola - Altair (Chile).
 
Quanto paguei - R$104,80 na Wine.com (com desconto por fazer parte do clube). Uma vez mais a Wine.com dá um banho na importadora, Grand Cru, que cobra R$131,80 (quase 30% a mais). 
 
Nota - 8,5.

sábado, 2 de novembro de 2013

Puy-Marceau 2009


Belo Bordeaux e a bom preço. Geralmente, tenho receio de comprar vinhos franceses por menos de cem reais, pois não costumo dar sorte com eles. Até cem reais, do Velho Mundo, opto por Itália, Portugal e Espanha. Felizmente, taí um ótimo exemplo  de que devemos experimentar qualquer vinho, sem preconceitos. O amigo aí, predominantemente merlot,  me foi enviado pela confraria prime da Selo Reserva. Ele se mostrou caprichado, gostoso,  muito fácil de beber, e que desceu  bem. Abri a garrafa, deixei respirando por não mais que vinte minutos, e sequer sentimos álcool. O paladar é suave, equilibrado, bem agradável.
 
Aroma - Aromas delicados, que se revelam aos poucos, mostrando bastante frutas vermelhas, além de um pouco de carvalho. Com o tempo, aparece também chocolate. Tudo é agradável.
 
Sabor - Facílimo de beber, esse amigo é uma pedida boa para acompanhar queijos e carnes.  Ele é macio, leve, apresenta boa acidez e desce muito bem, principalmente porque o álcool é imperceptível. Moderada persistência e equilíbrio são outras características. Valeu muito a pena e está prontíssimo para ser devidamente bebido.
 
Onde comprei - Recebi como membro da confraria prime da Selo Reserva. Não sei o preço na Selo Reserva, mas procurei um pouco na internet e vi por R$96,00 na Vinoteca São Paulo, porém não é a importadora.
 
Nota - 8,5.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Barbaresco Riserva Rabaja - Produttori del barbaresco 2008


Gosto muito do estilo de um Barbaresco Riserva. É um vinho leve, agradável e de sabor intenso, porém sem o preço e a "complexidade" do Barolo. Havia lido muitos elogios do amigo ai tecidos por RP, que lhe conferiu 96+. O preço (para o Brasil) estava razoável e resolvi comprar. Gostei muito dele, embora não tenha chegado a ser excepcional. Os aromas são variados, muito interessantes mesmo, como flores, café tostado e couro. O paladar é discreto, porém sempre presente, instigando avidamente novos goles. Decantei esse vinho por 40 minutos. Há potencial de guarda por mais uns dez anos, ou mais, segundo RP.
 
Aroma - Não é uma "explosão" de aromas, como outros vinhos por aí (nem sempre tão gostosos). Na verdade, percebe-se uma certa sutileza, pois temos de sentir com calma o vinho. Com o tempo, percebem-se nitidamente, mas sem excessos ou artifícios, couro, flores, café tostado. E é um vinho perfumado com certeza.
 
Sabor - Decantei por quarenta minutos. Não sei se precisava, mas fiz isso mesmo assim. Logo ao colocar em nossas taças, os aromas já imploravam pelos primeiros goles. Fizemos isso. O amigo é aveludado, com taninos intensos (e equilibrados), descendo macio. Há algo de pimenta nele, bem sutil. É um vinho persistente,  sem chegar a ser "interminável". Confesso que esperava um pouco mais do sabor, mais personalidade (identidade). Mesmo assim é um vinho delicioso e vale experimentar. Provavelmente comprarei a próxima safra, mas desta vez ficará na adega um bom tempo. Acompanhou muito bem massa italiana com molho de tomate.
 
Vinícola - Produttori del barbaresco  (Piemonte, Itália).
 
Quanto paguei - R$350,00 + frete no site Via Vini (há interessantes ofertas nessa loja virtual, sendo que a compra de 3 ou 4 bons vinhos já compensa a cobrança de frete para o Sudeste). Na dúvida, compare os preços com os da importadora, incluindo o frete.
 
Nota - 9,2.

Calyptra Zahir Premium 2007

 
Devo ter um problema com a vinícola Calyptra -- ou ela com meu paladar. Já havia provado um vinho mais básico de lá e não gostado. Dessa vez, como tira-teima, comprei logo o ícone. Trata-se de 100% cabernet sauvignon, uma das minhas varietais prediletas. Não tinha como errar. Infelizmente, decepção. Após 40 minutos na garrafa, o dito ainda demonstrava muito álcool. Respirou ainda mais. Os aromas ficaram mais agradáveis após uma hora respirando, percebendo-se chocolate, carvalho e especiarias, além de algo doce. No paladar, o amigo se mostrou de médio corpo, havendo excesso de taninos e sabor pouco marcante, ou seja, vinho sem personalidade, ainda mais para um ícone. Preciso dizer que essa safra foi contemplada com 95 pontos pelo guia Descorchados. Com todo respeito, discordo e acho que o vinho não vale o preço.
 
Aroma - É preciso deixar o amigo respirando bastante, para o forte odor de álcool se dissipar. Mesmo com 40 minutos o vinho ainda exalava álcool. Após uma hora o dito ficou menos agressivo (no aroma) e mostrou chocolate, carvalho e especiarias, além de algo doce, talvez baunilha.
 
Sabor - O grande defeito desse vinho são os seus taninos exageradamente intensos. Gosto de vinhos fortes e com taninos idem, mas há um limite para isso. Esse vinho secou muito a minha boca, e isso incomoda. Além disso, apesar de ser gostosinho, falta personalidade no paladar, ou seja, é um vinho como tantos outros, sem diferencial relevante. Decepção mesmo. 
 
Vinícola - Calyptra (Chile).
 
Quanto paguei - Em torno de R$ 180,00 na Wine.com. Não vale mesmo esse preço.
 
Nota - 7,5.