É comum a associação de uma uva a determinado país (malbec-Argentina; shiraz-Austrália; tempranillo-Espanha), mas isso não pode impedir a descoberta de deliciosos vinhos feitos de outras varietais, não tão famosas. O Tarima Hill que bebemos é 100% uva monastrell. Varietal forte, intensa, taninos firmes e final prolongado. O dito aí de cima correspondeu e se mostrou delicioso. Explosão de aromas, sabor bem encorpado (bota encorpado nisso!), algo arisco até. Não é um vinho "elegante", mas é uma delícia para quem curte encorpados. E alguns anos de guarda o fariam ainda melhor.
Aroma - É só abrir a garrafa que os aromas aparecem, e como! Violetas, chocolate e oliveiras são evidentes. Talvez, eu tenha sentido fumo. Não sei. As cores são vivas, um vermelho escuro que remete ao sabor encorpado do amigo. Curiosidade: segundo RP sente-se "aroma" de tinta de caneta (e ele deu 93 pontos após dizer isso). Nem sabia que vinho poderia ter cheiro disso.
Sabor - Intenso, bem encorpado mesmo, e aveludado. É meio arisco, pois jovem, mas que é gostoso, isso é. De taninos firmes, esse belo tinto preenche toda a boca. Senti um pouco de pimenta após um tempo. Aliás, a medida que bebíamos, os sabores se mesclavam, mudavam e até melhoravam. E o jeito arisco dele dá para domar com alguns anos de adega.
Vinícola - Bodegas Volver (Espanha).
Quanto paguei - R$111,00 na Grand Cru em outubro. Só de curiosidade: nos EUA custa U$15,00 (incluindo o frete da Espanha para lá). Na Europa, com impostos mais altos que os americanos, está a 10 euros.
Nota - 9,2.
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